- Confraria Da Folia
O bailado da NOSSA porta-estandarte
O que rolou no espetáculo que homenageou Onira Pereira no teatro. (*) Por Éder de Barros
Comovente, impressionante, encantador, primoroso. Estes são, em apertada síntese, alguns dos adjetivos daquilo que é impossível resumir em apensas uma palavra!

O Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quinta, foi o palco de um grande espetáculo: Baila Minha Porta Estandarte tinha a ousada pretensão de contar a história daquela que se tornou a maior Porta Estandarte do Carnaval, mas o Show, ao passar pela bela trajetória de Onira Pereira em Bambas da Orgia, Estácio de Sá, Vila Isabel e Grande Rio, foi além disso.
Inicialmente, percebia-se que o repertório seria de primeira grandeza, mesmo antes de soar o primeiro acorde, pois a direção musical ficou ao cargo de Tom Astral e a percussão com a Velha Guarda da Bateria dos Bambas da Orgia, que tem em seu comando Mestre Nilton.
Logo que a cortina se abriu, o belo cenário concebido pelo queridíssimo Mano Brum, chamou a atenção de todos e a primeira voz a ecoar no Teatro, foi a de Claudio Barulho, era só o começo!
Na plateia, em meio aos mortais, na primeira fileira, centralizada, estava a grande homenageada da noite, que recebia a reverencia de cada artista que pisava ao palco. Nenhum deles, por mais fortalecido que estivesse, deixou de tremer, tomado pela emoção, diante de Onira!
E da mesma plateia, emergiram os dançarinos do grupo de dança feelings, causando uma belíssima surpresa a todos. Sob o comando do competente coreógrafo Salmo Silva, os bailarinos emolduram ao longo do espetáculo, as apresentações das belíssimas “Oniras”, as portas estandartes que representaram a consagrada dama.
Assinado por Jorge Silva, belíssimos figurinos foram vistos e algumas réplicas fiéis das indumentárias originais usadas por Onira Pereira, enchiam os olhos do público. Grandes sambas foram reproduzidos ganhando uma nova roupagem na voz do igualmente compete e promissor intérprete Bruno Martins. Wilson Ney, Joaquim Lucena e Claudia Quadros, tornaram a noite ainda mais inesquecível.
A cada atração anunciada pelo mestre de cerimônias Lauro Evaniro, a emoção e a felicidade tomava conta de cada espectador da plateia que estava completamente lotada.
A dupla de produtores carnavalescos Edy Dutra - também responsável pelo impecável roteiro, e a belíssima Kizzy Pereira, além de conseguir passar de forma competente a trajetória de Onira Pereira, mostraram que carnaval de qualidade também pode ser feito fora da avenida ou fora de uma quadra de escola de samba. Já é hora do novo, pois o povo do samba e do carnaval, também pode tomar acento nas cadeiras dos teatros.
O público carnavalesco agradece e se enche de orgulho de ter Onira Pereira em sua terra! Se enche de orgulho de poder, Junto com ela, dividir esse momento ímpar de sua belíssima trajetória, se enche de orgulho de ter artistas capazes de transformar os sonhos em uma belíssima realidade. Onira Pereira é “nossa” é um patrimônio do nosso Carnaval e é de fato, a “nossa” Porta Estandarte!
Parabéns e Muito! Muito obrigado!

Ficha Técnica do Espetáculo:
CONCEPÇÃO, PRODUÇÃO E DIREÇÃO: Kizzy Pereira e Édy Dutra
ROTEIRO: Édy Dutra
DIREÇAO GRAFICA: Gilberto Bica
FOTOGRAFIA: Nilveo Pereira Cristiano
DIREÇÃO MUSICAL: Tom Astral
CORDAS: Vini Casares e Gustavo Abreu
INTÉRPRETE: Bruno Martins
BANDA: Velha Guarda da Bateria de Bambas da Orgia
FIGURINOS: Jorge Silva
CENOGRAFIA: Mano Brum
COREOGRAFIA: Salmo Silva
MAQUIAGEM: Alexandre Stoffel
CERIMONIAL: Lauro Evaniro
TÉCNICA LUZ E SOM: Carlos Azevedo e João de Deus
ESTANDARTES CONVIDADAS:
Guislaine Pereira
Kizzy Pereira
Tatiele Faria
Dandara Vais
Mel Escobar
Cintia Adriane
Alemoa Vigano
Fernanda Gomes
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
Joaquim Lucena
Wilson Ney
Cláudio Barulho
Cláudia Quadros